quinta-feira, 24 de abril de 2008

Fichamento sobre Tuberculose

Introdução

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa que afeta o parênquima pulmonar. Ela pode ser transmitida para outras partes do corpo, inclusive as meninges, rins, ossos e linfonodos. O seu agente primário, Mycobacterium tuberculoses, é um bastonete aeróbico, ácido-resistente, tendo o seu crescimento lento, é sensível ao calor e à luz ultravioleta. O seu tempo de latência pode durar longos períodos, podendo sobreviver por anos em ambientes escuros. (BRUNER, 2006)
A tuberculose é um problema mundial de saúde pública, e as taxas de mortalidade e morbidade continuam a subir. O M. tuberculoses infecta aproximadamente um terço da população do mundo e permanece como a principal causa de morte por doença infecciosa no mundo. Também é a principal causa de morte entre pessoas HIV-positivas.(BRUNER,2006 apud WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000). A tuberculose está intimamente associada à pobreza, desnutrição, multidão, alojamento em condições deficientes em cuidados de saúde inadequados. Sendo mais graves nos paises menos desenvolvidos . acomete mais intensamente as populações pobres que vivem em aglomerados urbanos. (BRUNER, 2006)
Do total de casos novos de tuberculose estimados pela OMS, menos da metade são notificados, situação que traduz a insuficiência das políticas de controle. Nos 22 países com maior carga de tuberculose, a estimativa é de 6.910.000 casos. Neste grupo, a Índia ocupa a 1a posição com 1.856.000 casos novos anuais, o Brasil a l5a com 116.000 e o Afeganistão a última com 70.000. Se classificados pelo coeficiente de incidência, o Zimbabwe que está em 21o lugar em número absoluto de casos, assume a liderança com 584/100.000 habitantes, e o Brasil passa para o 22o com uma estimativa de 68/100.000 (HIJJAR, 2001).
A notificação da tuberculose no Brasil, nos últimos anos, se situa entre 80 e 90 mil casos novos/ano (HIJJAR, 2001).
A distância deste número para o estimado pela OMS é enorme, e mesmo considerando-se a deficiência diagnóstica e a sub-notificação, fica difícil acreditar que se tenha de 20 a 30 mil casos desconhecidos a cada ano. Sabe-se, pela ausência de um modelo preciso, da dificuldade de estimar-se corretamente o número de casos, o que leva a uma reflexão sobre essas estimativas para que não se venha a recair em equívocos de planejamento e em frustrações quanto ao cumprimento de metas (HIJJAR, 2001).
Na Paraíba, existem seis municípios prioritá­rios para o Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT): Bayeux, Cajazeiras, Campina Grande, João Pessoa, Patos e Santa Rita. Até agosto de 2004 foram capacitados 59 profissionais de saúde no estado. Em 2003 foram registrados 998 casos no­vos de tuberculose, representando 76,7% dos casos esperados. A taxa de incidência (por 100 mil hab.) foi de 28,4 para casos de todas as formas e de 18,1 para casos bacilíferos. Em 2003, os municípios prioritários apresen­taram um percentual de cura de 72,4%, abaixo da meta nacional de 85%. A co-infecção TB/HIV, nesse ano, foi de 6,7% nos municípios prioritários (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).

Conclusão

Diante dos conhecimentos construídos, durante as disciplinas da graduação em enfermagem pude perceber o problema da tuberculose, e a importância do enfermeiro na prevenção e controle desta patologia. Identifiquei a preocupação do Ministério da Saúde com a organização e funcionamento dos Programas de Saúde que até então é um desafio no que se refere ao atendimento dos princípios e diretrizes do SUS, havendo necessidade pois, de avaliação dessa organização e funcionamento, como, entre outros aspectos, o da gestão.


Referências

SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Brunner & Sudarth. Tratado de enfermagem medico- cirúrgica.10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. vol. 2

HIJJAR, Miguel Aiub, OLIVEIRA, Maria José Procopio Ribeiro de e TEIXEIRA, Gilmário M. A tuberculose no Brasil e no mundo. Bol. Pneumol. Sanit. [online]. dez. 2001, vol.9, no.2 [citado 11 Março 2008], p.9-16. Disponível na World Wide Web: . ISSN 0103-460X.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Sistema Nacional de Vigilância em Saúde: relatório de situação: Paraíba / Ministério da Saúde, Secretaria deVigilância em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2005.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

pesquisa feita na anvisa

http://http://www.anvisa.gov.br/e-legis/

DROGAS PARA PREVENÇÃO DE TUBERCULOSE

Esta revisão deve ser citada como: Wilkinson D. Drogas para prevenção de tuberculose em pessoas infectadas pelo HIV (Revisão Cochrane) (Cochrane Review). In: Resumos de Revis�es Sistem�ticas em Portugu�s, Issue 4, 2007. Oxford: Update Software.

Resumo
Objetivos
Avaliar os efeitos da profilaxia com drogas para tuberculose em pessoas com infecção por HIV.
Antecedentes
Pessoas com HIV têm risco aumentado de desenvolver tuberculose. A profilaxia deve ajudar a prevenir a progressão da infecção para a doença.
Estratégia de pesquisa
Pesquisa dos bancos de dados Cochrane Infectious Diseases Group Trials Register, Cochrane Controlled Trials Register, Medline, Embase e de listas de referências bibliográficas dos artigos. Contato com pesquisadores na área.
Critério de seleção
Ensaios randomizados de drogas para tuberculose em pessoas com infecção por HIV, com teste tuberculínico positivo ou negativo, sem evidência de tuberculose ativa.
Recompilação e análise de dados
Um revisor avaliou a elegibilidade e a qualidade dos ensaios. Os autores dos estudos foram contatados para informações adicionais.
Resultados principais
Foram incluídos sete ensaios. Comparada com placebo, a profilaxia esteve associada a uma incidência mais baixa de tuberculose ativa
Conclusões dos revisores
A profilaxia parece ser efetiva, pelo menos a curto e médio prazos, na redução da incidência de tuberculose e de morte por tuberculose em pacientes infectados pelo HIV com teste tuberculínico positivo. A escolha do regime de tratamento dependerá da aderência, dos efeitos colaterais, do custo e da resistência à droga.